"Medal of Honor: Warfighter" traz de volta os soldados do Tier 1, grupo de operações especiais norte-americano dedicado ao combate contra o terrorismo. No jogo, você participa de missões em várias partes do mundo, inspiradas em fatos reais, ao mesmo tempo que acompanha os dramas familiares dos protagonistas. "Warfighter" traz gráficos caprichados, cortesia do engine Frostbite 2, o mesmo do consagrado "Battlefield 3", e apresenta boas idéias em seu modo multiplayer, que infelizmente, poderiam ser melhor desenvolvidas.
Ai vão algumas considerações:
- Campanha solo
A campanha solo de "Warfighter" tenta se diferenciar de todos os jogos de tiro contemporâneos ao apresentar os homens por trás das fardas do Tier 1 - mais especificamente Preacher, um dos soldados que você controla no game. As missões de "Medal of Honor" são pontuadas por uma trama paralela, que envolve o casamento problemático de Preacher e o convívio familiar complicado dos soldados de elite, suas esposas e filhos.
Comparado ao jogo de 2010, "Medal of Honor" soube acrescentar uma dose saudável de adrenalina à campanha, sem ficar muito 'cinematográfico', o que é bom, pois evita tornar a franquia uma cópia de "Call of Duty".
- Sequência obrigatória
A campanha solo de "Medal of Honor: Warfighter" tem uma sequência de sniper logo em uma de suas primeiras fases capaz de fazer muita gente se irritar com o jogo. Na cena, você precisa alvejar vários inimigos em prédios distantes, que estão bombardeando seus companheiros com lança-mísseis.
É preciso acertar os alvos em uma sequência obrigatória para que a missão siga em frente. Porém, se você optar por disparar em um inimigo fora da ordem, nada vai acontecer. Você vai derrubar paredes com seus disparos, mas se mirar na cabeça do alvo na hora errada, seu tiro simplesmente não vai atingir nada.
Pior ainda, no final dessa cena, é preciso derrubar um último atirador e o tiro só funciona em um momento específico - que não é sinalizado.
- Arsenal realista
Para os fãs de shooters militares, "Medal of Honor: Warfighter" faz bonito, com um arsenal atual e bem produzido. As armas são cheias de detalhes sobre seu funcionamento. Ao ativar a mira, por exemplo, cada arma possui uma animação própria, que mostra como o acessório é encaixado.
- Munição infinita
Outro problema da campanha solo é que seus companheiros são depósitos ambulantes de munição. Ficou sem balas? Basta ir até eles e pressionar um botão para receber uma recarga.
Dentro do jogo, é sensível que "Warfighter" tem partidas mais lentas do que "Battlefield 3" ou "Modern Warfare 3", por exemplo. Você corre menos, atira mais pausadamente e aguenta mais dano. Os mapas também são menores e em partidas com muitos jogadores mesmo as áreas de respawn deixam de ser seguras - o que rapidamente pode resultar em 'campers' acabando com a diversão.
De forma geral, o modo multiplayer é o principal ponto fraco de "Medal of Honor: Warfighter", principalmente por seus mapas simples e pequenos e por oferecer menos opções do que outros títulos já disponíveis, como "Modern Warfare 3" e "Battlefield 3". Uma aventura em campo de batalha com seus prós e contras, é claro.
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